Sonhos pela Janela (4) - Tarde de Verão
Sonhos pela Janela (Tarde de Verão)
"Entra outra dança
- pesada e vera -
o filho chama,
retumba a terra
Flores perecem
no ardor das guerras;
Mil mundos crescem
dos frutos delas.
O trigo colhido
então vira pão;
Do povo, dos livros
outra revolução.
Água abundante
e, seguindo o fluxo,
vêm pequeno e grande
às fontes, juntos.
Para o bem, para o mal,
- em algema infinita -
cada qual tem seu local
no círculo da vida.
A prole, que chora
para o ar respirar
já suspeita e endossa
que viver é lutar!
Já aqueles sem sorte
- ocultos, silentes -
é comendo sua morte
de que tudo depende.
As formigas juntando
e a cigarra a cantar!
Quem se esquece do ano,
só irá com ele durar...
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Autor: Bruno Neves Oliveira