Sob a lua vermelha de novembro...

Quando tudo isso começou? Quando as engrenagens do destino começaram a girar? Talvez seja impossível achar a resposta agora, profunda no fluir do tempo...

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Eu? Apenas mais um andante solitário...mas todos os andantes tem uma ou outra lição a passar devida à sua intimidade com a estrada. A estrada é sábia. Embora seja certo que o caminho ainda segue muito à frente... quantas lições nos esperam?

domingo, julho 10, 2005

Lendas do poente...

***



***

Lendas do poente...


...Victor?

(
Cantarei uma história, amor
um acalanto que entre profundo
e liberte tua alma de dor;
)

...Kurtt?

(
Correrei um mel, querido
que faça teu coração dançar
e encante-te o espírito;
)

...que belo pôr-de-sol.

(
Suave, como o sol que se lança
sobre o colo do mar;
Mágico, as nuvens em chamas
como num quadro a pintar;
)

...eu te amo, Kurtt.

(
Contarei uma melodia antiga,
música cor do fogo da paixão;
Espalharei jóias por tua vida:
um rubi no coração.
)

...eu também.

(
Levarei-te em um vôo cego
por secretos caminhos em flor;

“Um jardim floresceu num deserto...”

Ao som das ondas, o amarelo
que parte... ele em nós despertou.
)

...Victor, me diga que nunca vamos nos separar.

(
Ah, o gelo da morte, os ferros
os quais a ninguém concorre evitar;

“E num deserto um jardim secará...”

Somos cegos num mundo de cegos
quem nos irá despertar?
)

Nunca.

(
Não tema nada, neblina ou fumaça;
tampouco as ondas do mar!
Não receie a tempestade que passa;
os trovões virão nos saudar!
)

Morreremos juntos?

(
Um badalo de sinos se ouve,
e um túmulo resta em paz;
Dois badalos, um cemitério em cores,
dois túmulos restam em paz;
)

Irei aonde estiver.

(
Em escuros e sombrios recantos,
uma voz suplica por mim:
Amor, atravessarei dimensões por ti.
)

...me dá um beijo, Victor?

(
As andorinhas nos meus sonhos
sempre gritaram por ti;
Amor, encosta teu lábio em mim;
)

No coração ou na boca?

(
Quem dá um beijo,
sempre dá mais que um beijo;
)

Nos dois.

(
Quem pede um beijo,
sempre pede mais que um beijo.
)

(...)




________________________

(Autor: Bruno Neves Oliveira,

em Homenagem aos namorados Kurtt e Victor, de 16 anos. Não esperem viver um amor eterno. Esperem que seja eterno enquanto dure.)

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Gostei muito cara, valew, vc é um verdadeiro poeta, hehehe amei, é uma homenagem e tanto, tenho certeza que o kurtt vai gostar muito!!! TE AMO Kurtt!!!

8:23 PM  
Anonymous Anônimo said...

Amigo Bruno,

Desde a mais tenra infância sempre achei sublime o pôr-do-sol, e até hoje passo longos períodos à adimirar o céu, a minha faculdade fica em uma parte da cidade onde não existem prédios em demasia (ainda)o pôr-do-sol é magnífico.

Ao ler seu poema lembrei-me de um em especial, as nuvens possuiam um tom avermelhado, mas o céu ainda ostentava um azul estonteante, estavamos na época chuvosa do ano então as nuvens variavam em versões de branco e cinza, uma bela obra produzida por hábil artísta.

Sua poesia sucinta em mim tantas lembranças e sentimentos, obrigado pela viagem que me proporciona.

9:36 PM  

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