Sonhos pela janela
******
******
Um olho espia a floresta;
Olho branco subindo o céu
colorindo vidro... – criando tela?
Frio, a janela trincada;
o bailar do granizo, na estrada.
E além, a mata, o manto de nuvem,
a morte brilhante e a vida em ferrugem.
Segundos deslizam, desliza
um floco pelo condão do céu;
O lago de cristal... – abaixo, acima?
O olhar sob jugo: a noite caía;
os ouvidos agudos enquanto a lua subia.
Preto, prata, os ventos uivantes
carregando lamentos de caninos distantes.
Distantes...uma dança de vultos
sob uma lua cheia;
Um eco passado... – ou futuro?
Sons me vigiam, de galhos disformes;
os ponteiros deslizam para a hora da morte
e chegam; soam notívagos tambores sem som
num frenesi mudo, surdo, entre traços marrons...
A agonia da terra num pio
de coruja (ouça!); a vida
suspensa (sinta!) no ar por um fio;
E tudo pára: um momento;
um segundo – sem alma, sem cor.
Fugaz instante, os sonhos ao vento,
os frescos alentos – sem morte, sem dor.
E o tempo parou, parou o relógio;
a natureza findou, fundiu, dissipou
a tensão dos longos dias de ócio...
Condensa-se frio, em minha janela;
Ligeiro, frágil sopro, um silfo de lábios
espalha uma suave malha de névoa
d’um sonho que foi-se...na janela ao lado.
____________________
(Autor: Bruno Neves Oliveira)
******
Sonhos pela janela (Noite de Inverno)
Um olho espia a floresta;
Olho branco subindo o céu
colorindo vidro... – criando tela?
Frio, a janela trincada;
o bailar do granizo, na estrada.
E além, a mata, o manto de nuvem,
a morte brilhante e a vida em ferrugem.
Segundos deslizam, desliza
um floco pelo condão do céu;
O lago de cristal... – abaixo, acima?
O olhar sob jugo: a noite caía;
os ouvidos agudos enquanto a lua subia.
Preto, prata, os ventos uivantes
carregando lamentos de caninos distantes.
Distantes...uma dança de vultos
sob uma lua cheia;
Um eco passado... – ou futuro?
Sons me vigiam, de galhos disformes;
os ponteiros deslizam para a hora da morte
e chegam; soam notívagos tambores sem som
num frenesi mudo, surdo, entre traços marrons...
A agonia da terra num pio
de coruja (ouça!); a vida
suspensa (sinta!) no ar por um fio;
E tudo pára: um momento;
um segundo – sem alma, sem cor.
Fugaz instante, os sonhos ao vento,
os frescos alentos – sem morte, sem dor.
E o tempo parou, parou o relógio;
a natureza findou, fundiu, dissipou
a tensão dos longos dias de ócio...
Condensa-se frio, em minha janela;
Ligeiro, frágil sopro, um silfo de lábios
espalha uma suave malha de névoa
d’um sonho que foi-se...na janela ao lado.
____________________
(Autor: Bruno Neves Oliveira)
4 Comments:
entao...
perfeito... mesmo mesmo
mto bom...
depois vou te dar um ideia
bjs
esqueci de assinar...
bjs
ed.
www.edeumeamo.weblogger.com.br
Lindo lindo lindo ... como já te disse ...
Melhor epoca do ano ...
adoro o q escreve ..
bjss
Winter, as I have already said, is my favorite season of the year... this sinister air in the poem was spectacular! Only lacked ( faltou rsrs ) an owl to complete the scene, but, if we think better, it'd be too much seemed to Harry Potter, rsrs... great poem, Bruno!
Postar um comentário
<< Home