Epitáfio de um poeta
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Vivi muitas vidas que não eram minhas...
Respirei muitos ares que não eram meus...
Trabalhei solitário: a lua era minha amiga;
da alma espremi cada gota que o céu verteu.
Escrevi muitas palavras...
algumas nobres, algumas levianas,
todas com tinta de sangue.
Às vezes tinha sede, e bebia lembranças.
Às vezes tinha fome: comia sonhos.
Às vezes minhas lágrimas vinham me visitar à janela...
até hoje não sei de onde vinham e para onde partiram.
Uma vez dormi, e meu coração me roubou segredos.
Quando acordei, meu maior segredo era não ter segredos.
As pessoas me perguntavam
como conseguia achar as palavras;
ainda não descobri para dar a resposta.
Amei o mundo como a mim mesmo:
descobri que ele fazia o mesmo.
Resolvi um dia que queria sofrer:
Apaixonei-me, e aprendi a lição.
Muitos perguntaram como cheguei ao pico;
respondi-lhes que não tive medo de cair.
Muitos perguntaram como sempre melhorava;
respondi-lhes que nunca tive medo de voar.
Nunca tive medo da morte.
Morri, mas sei que não teria medo
de viver tudo novamente.
Ass: Um poeta
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(Autor: Bruno Neves Oliveira)
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Vivi muitas vidas que não eram minhas...
Respirei muitos ares que não eram meus...
Trabalhei solitário: a lua era minha amiga;
da alma espremi cada gota que o céu verteu.
Escrevi muitas palavras...
algumas nobres, algumas levianas,
todas com tinta de sangue.
Às vezes tinha sede, e bebia lembranças.
Às vezes tinha fome: comia sonhos.
Às vezes minhas lágrimas vinham me visitar à janela...
até hoje não sei de onde vinham e para onde partiram.
Uma vez dormi, e meu coração me roubou segredos.
Quando acordei, meu maior segredo era não ter segredos.
As pessoas me perguntavam
como conseguia achar as palavras;
ainda não descobri para dar a resposta.
Amei o mundo como a mim mesmo:
descobri que ele fazia o mesmo.
Resolvi um dia que queria sofrer:
Apaixonei-me, e aprendi a lição.
Muitos perguntaram como cheguei ao pico;
respondi-lhes que não tive medo de cair.
Muitos perguntaram como sempre melhorava;
respondi-lhes que nunca tive medo de voar.
Nunca tive medo da morte.
Morri, mas sei que não teria medo
de viver tudo novamente.
Ass: Um poeta
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(Autor: Bruno Neves Oliveira)
2 Comments:
Muito belo teu poema... e de palavras tão sofridas... parece que foram tiradas do sangue... Espero que sua tristeza não perdure... abraço!
Bruno??Vc tem as manha,tah?kd dia t admro mais....bjim
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