Um dia (epitáfio)
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Um dia...
Um dia acordei, e percebi que a vida estava passando por mim, e não eu por ela. Acordei e percebi que a vida estava me usando, e não eu a ela. Percebi que corria desesperado para um ponto que nunca chegava. Nesse dia... resolvi aprender a viver.
Sentei-me então sob uma árvore, e observei o céu que se clareava na aurora do dia. Aprendi a amar o desabrochar tênue de céu e sol.
Então senti o frio do ar orvalhado no meu rosto, corando minhas bochechas e enregelando meus ossos....e aprendi a amar o frescor do vento matutino.
O dia clareava cada vez mais, e o sol tingia de dourado tudo ao meu redor. Assim, aprendi a amar o brilho do sol.
Os pássaros cantavam nas árvores. Ouvia o gorjeio dos bem-te-vis nas copas. E aprendi a amar os pássaros gorjeando nas copas.
Meio-dia, o céu estava limpo, sem nuvens. Aprendi a amar a limpeza dos céus.
Algum tempo depois, apareceram nuvens. Brinquei de procurar imagens em suas formas. Aprendi a amar brincar com nuvens e formas.
As nuvens se espalhavam. Estavam por toda parte e cobriram o sol. E eu aprendi a amar os colchões de nuvens.
Então enegreceram, o ar ficou úmido. E então eu aprendi a amar a preparação das nuvens e o cheiro da chuva.
Caíram gotas, e depois mais, e depois o chão ficou repleto delas. Ali aprendi a amar o som da chuva.
Vieram os relâmpagos colorindo o céu. Aprendi a amar a cor da chuva.
Mais tarde, a água parou de cair, e tudo ficou em silêncio. Aprendi a amar a dádiva de silêncio da chuva.
Entardecia, o sol se punha entre as montanhas. Então aprendi a amar o brilho do sol entre as montanhas.
As nuvens que estavam nos ares se tingiam de um róseo escarlate magnífico. Aprendi então a amar o coração dos céus.
O sol se pôs, e o azul claro foi escurecendo. Aprendi a amar o nascimento do azul-escuro celeste.
Ficou tudo preto. Apareceu a primeira estrela. Aprendi ali a amar a estrela na escuridão.
Estrelas foram pipocando, uma a uma. O céu virou um emaranhado de pontos por todos os lados. E eu aprendi a amar os feixes prateados que formavam labirintos acima de mim.
A lua surgiu no céu, dourada. Aprendi a amar a fusão de sol e lua.
A lua desceu no céu, em prata. Aprendi a amar o gongo das alturas.
O dia terminou assim, e surgiu um novo. Aprendi a amar o novo dia.
E passaram-se dias, e dias, e mais dias ainda. Aprendi a amar a passagem dos dias.
E passaram-se meses. Aprendi a amar as passagens dos meses.
E passaram-se anos. Aprendi a amar a passagem dos anos.
Até que um dia morri, mas sabia que aprendera a amar... a vida.
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(Autor: Bruno Neves Oliveira)
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Um dia...
Um dia acordei, e percebi que a vida estava passando por mim, e não eu por ela. Acordei e percebi que a vida estava me usando, e não eu a ela. Percebi que corria desesperado para um ponto que nunca chegava. Nesse dia... resolvi aprender a viver.
Sentei-me então sob uma árvore, e observei o céu que se clareava na aurora do dia. Aprendi a amar o desabrochar tênue de céu e sol.
Então senti o frio do ar orvalhado no meu rosto, corando minhas bochechas e enregelando meus ossos....e aprendi a amar o frescor do vento matutino.
O dia clareava cada vez mais, e o sol tingia de dourado tudo ao meu redor. Assim, aprendi a amar o brilho do sol.
Os pássaros cantavam nas árvores. Ouvia o gorjeio dos bem-te-vis nas copas. E aprendi a amar os pássaros gorjeando nas copas.
Meio-dia, o céu estava limpo, sem nuvens. Aprendi a amar a limpeza dos céus.
Algum tempo depois, apareceram nuvens. Brinquei de procurar imagens em suas formas. Aprendi a amar brincar com nuvens e formas.
As nuvens se espalhavam. Estavam por toda parte e cobriram o sol. E eu aprendi a amar os colchões de nuvens.
Então enegreceram, o ar ficou úmido. E então eu aprendi a amar a preparação das nuvens e o cheiro da chuva.
Caíram gotas, e depois mais, e depois o chão ficou repleto delas. Ali aprendi a amar o som da chuva.
Vieram os relâmpagos colorindo o céu. Aprendi a amar a cor da chuva.
Mais tarde, a água parou de cair, e tudo ficou em silêncio. Aprendi a amar a dádiva de silêncio da chuva.
Entardecia, o sol se punha entre as montanhas. Então aprendi a amar o brilho do sol entre as montanhas.
As nuvens que estavam nos ares se tingiam de um róseo escarlate magnífico. Aprendi então a amar o coração dos céus.
O sol se pôs, e o azul claro foi escurecendo. Aprendi a amar o nascimento do azul-escuro celeste.
Ficou tudo preto. Apareceu a primeira estrela. Aprendi ali a amar a estrela na escuridão.
Estrelas foram pipocando, uma a uma. O céu virou um emaranhado de pontos por todos os lados. E eu aprendi a amar os feixes prateados que formavam labirintos acima de mim.
A lua surgiu no céu, dourada. Aprendi a amar a fusão de sol e lua.
A lua desceu no céu, em prata. Aprendi a amar o gongo das alturas.
O dia terminou assim, e surgiu um novo. Aprendi a amar o novo dia.
E passaram-se dias, e dias, e mais dias ainda. Aprendi a amar a passagem dos dias.
E passaram-se meses. Aprendi a amar as passagens dos meses.
E passaram-se anos. Aprendi a amar a passagem dos anos.
Até que um dia morri, mas sabia que aprendera a amar... a vida.
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(Autor: Bruno Neves Oliveira)
2 Comments:
oi primo!!!!!
bom, kra como q vc consegue fzr essas coisas, eh bem bonito o q vc faz eh impressionante, sao´poucas as pssoas q fazem isso e fazem bem e vc eh um delas....
aproveite bem o seu dom...faça dele o seu ganha pao!!!!!
mtos bjos da sua prima lali
Adolfo =^NobreLobo^=
sem comentarios...rs.
eh, não tenho muita coisa pra falar mesmo,...mas talves to indo ai pra BH semana que vem....t+
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