Eien / Parte I
Parte I
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Nos vales as folhas surgiam
e nasciam os sonetos do amar;
A vida, os gerânios se abriam
dois a dois, em cada par;
[Minhas margaridas jamais cresciam
nos ramos da solidão;
Descobri-te quando cem floriram
nos vasos do coração...]
Dos buracos da tempestade
a luz volta sempre a raiar;
A esperança da esmeralda
é seu intenso brilhar;
[Enquanto os pingos não caem,
meus lábios junto a ti;
A chuva salpicando a janela
acariciando teu sorrir...]
Nos arco-íris dos céus
as luzes despontando:
sete portas, sete véus
ao mundo circundando...
[As dimensões que se abram!,
percorrê-las-ei contigo;
A beleza maior dos astros
já a tenho aqui comigo...]
As escarpas agasalhadas
num manto opaco;
As montanhas enevoadas
num sacro canto;
[Do granizo os desenhos perfeitos
são minha obra em teu louvor;
O pincelar da língua em teu peito
formando linhas eternas de amor...]
(Eien...)
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