Das tristezas dos elfos
I
Em hostes eras velhas correram
correram em guerra e suor
Águas sem conta olhos verteram
e lembranças verteram sós
Em canções do mundo antigo
antigas mágoas em voz;
Cruel então era o destino
e era a sombra de Morgoth
As lutas incontáveis, perdidas;
Nas vargens, runas perecidas;
À luz da tarde, as aves tardias
se afastando da noite que caía...
II
Reis e reinos se fundavam
e se findavam;
Em placidez teia e novelo
de negro se enredavam;
Onde estão Númenor e Gondolin?
Aonde foram Fëanor e Fingolfin?
Quanta morte, quanta mágoa se passou!
Do palácio prateado que ruína inda restou?
A terra jaz coberta
de túmulos do passado
Nas trevas findas réstias
de mundos apagados...
III
Rugosa é folha e faia,
já as águas violadas;
Idoso é bosque e mata
já as frutas azedadas;
Que mundo ainda resta, que resto
ainda é belo como o era?
Em que parte, que combate
há de outrora leve idéia?
Enfim, então, o tempo já chegou;
Ao porto, agora, ao golfo de Lûn!
Só do verde a cinza é que restou
e a memória...de um tempo que passou...
____________________
(Autor: Bruno Neves Oliveira)
3 Comments:
Era pra comentar? Bom, tá piscando a janelinha do messenger, e estou te deixando esparando que nem um bobão.. haha.. tá.. eu tava lendo.. mas olha, vê se me explica esses poemas.. bem.. também.. não conheço as histórias das origens pra entender muito seus poemas mesmo..
Um abraço! ;)
Olá Bruno, eu sou Jeferson, visitando seu blog, legal, não entendo de elfos, mas legal os poemas.
Bruno, quando vai sair seus poemas falando das runas?
Tipo um poema pra cada runa? Porque eu acabei de ler você falando de uma delas, e aí pensei, será que você não poderia fazer uns poemas assim? Ia ficar bom isso.
Pois é, vou embora são 23:00 agora, até mais ver!
Oops, não era uma delas, você simplesmente citou runas!
É isso, até mais.
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