Sob a lua vermelha de novembro...

Quando tudo isso começou? Quando as engrenagens do destino começaram a girar? Talvez seja impossível achar a resposta agora, profunda no fluir do tempo...

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Eu? Apenas mais um andante solitário...mas todos os andantes tem uma ou outra lição a passar devida à sua intimidade com a estrada. A estrada é sábia. Embora seja certo que o caminho ainda segue muito à frente... quantas lições nos esperam?

domingo, janeiro 02, 2005

De Daeron, O Menestrel





I

Ó daeron, daeron,
por que cantas, por que cantas,
nos bosques de Doriath?

Ó daeron, daeron,
por que com voz encantas
as aves de Doriath?

Ó daeron, teu canto
é o grave, o acalanto suave
dos recantos de doriath?

Ó daeron, teus versos
são vastos, são belos,
são os traços eternos de doriath

II

Ó daeron, daeron,
por que amas, por que amas,
a filha de doriath?

Ó daeron, daeron,
por que aos céus exclamas
teu amor em doriath?

Ó daeron, é tua canção
só coração, só paixão
a Lúthien de doriath?

Ó daeron, teu amor
é tua chaga, é tua amada
a própria alma de doriath

III

Ó daeron, daeron,
por que choras, por que choras,
nas matas de doriath?

Ó daeron, daeron,
por que águas sem conta
derramas em doriath?

Ó daeron, já foi Lúthien
embora, por que te demoras
nas plagas de doriath?

Ó daeron, vai avante,
cruza beleriand e parte
das frias tardes de doriath

IV

Ó daeron, daeron,
a quem falas, o que falas,
a tantas jardas de doriath?

Ó daeron, daeron,
onde ao leste desatas
tuas mágoas de doriath?

Ó daeron, de teu nome,
teu cantar, quem lembrará
dos sindar de doriath?

Ó daeron, nos anais e runas,
jazerá tua memória
e de tua glória em doriath



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(Autor: Bruno Neves Oliveira)